A Câmara Municipal de Natal realizou, nesta segunda-feira (1º), o encerramento da Campanha Novembro Azul, mês dedicado à prevenção e conscientização sobre o câncer de próstata, com uma palestra ministrada pelo urologista Rodrigo Bastos para servidores e vereadores da Casa.
"A Câmara está mais uma vez engajada numa importante campanha, através da iniciativa do presidente Eriko Jácome e toda a equipe, para informar mais sobre essa doença. O importa é que a gente possa conscientizar as pessoas, os homens, principalmente, as mulheres que sejam caixa de ressonância, quebrando paradigmas e preconceitos pela saúde do homem", destacou o vereador Daniel Santiago (PP), 2º vice-presidente da Mesa Diretora. Os vereadores Daniell Redall (Republicanos) e Eribaldo Medeiros (REDE) também compareceram.
Durante a palestra, o urologista Rodrigo Bastos explicou como funcionam os procedimentos para prevenir e identificar anomalias na próstata. Ele também alertou para a alta incidência da doença, que representa 29% de todos os casos de câncer em homens no país, com cerca de 66 mil novos diagnósticos e quase 16 mil mortes por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Bastos ressaltou ainda que, na maioria dos casos, o câncer de próstata apresenta evolução lenta e bons índices de controle quando diagnosticado precocemente. "São informações importantes para a gente tentar, de alguma forma, melhorar as estatísticas e começar o tratamento na sua fase inicial, que é quando a gente tem uma chance muito grande de cura. Além de fazer o exame de sangue, que é o PSA, deve-se fazer o exame de toque retal, que é rápido, indolor e não tira a masculinidade de ninguém", reforçou o médico.
Entre os servidores presentes, Márcio Medeiros relatou sua experiência e como descobriu a doença. Ele precisou passar por cirurgia há quatro meses e está em processo de recuperação. "O que eu indico para todos os homens é deixar o tabu, o medo de lado, porque a doença vem silenciosa e quando menos imagina está evoluída. Fiz os exames a partir dos 42 anos, mas por três anos parei e quando fiz no ano passado o resultado foi alarmante. Por isso eu digo que é que fazer o PSA, o toque, porque a nossa vida vale muito", conta.
Texto: Cláudio Oliveira
Fotos: Phablo Galvão